A dois dias de Portugal celebrar os 50 anos Revolução do 25 de Abril, Dia da Liberdade, a nova obra do artista português Bordallo II é sobre isso mesmo: liberdade.
Desta vez, Bordallo II colocou, na campa do ditador português António de Oliveira Salazar, no cemitério do Vimieiro, em Santa Comba Dão, uma grande caixa de medicamentos “antifascista”, onde se pode ler o nome do suposto medicamento – Liberdade – que é identificado como um “Probiótico Antifascista”.
Na embalagem “com 50 comprimidos”, um por cada ano de democracia, pode ler-se ainda que o remédio, que promete dar uma “dose diária de democracia” e pretende combater a “opressão”, é gratuito.
“Por algum motivo, os que têm ambições tirânicas e antidemocráticas começam exatamente por atacar a liberdade – este conceito complexo que atravessa vários campos da nossa vida e sem o qual não teremos uma sociedade justa. A liberdade é fundamental para cada um de nós e para o bem-estar de todos”, escreveu o artista na sua conta de Instagram, onde partilhou a imagem.
“Não nos podemos distrair e tomar a liberdade como um bem adquirido. Pelo contrário, temos que defendê-la e exercitá-la todos os dias. O 25 de Abril serve também para nos lembrarmos disto”, acrescentou. “Defender a liberdade é respeitar as diferenças, exigir direitos fundamentais universais e permitir a expressão do pensamento livre e da criatividade”, referiu ainda.
A nova instalação de Bordallo II também pode ser vista na Mealhada, em Aveiro, num cartaz publicitário ao lado de uma pintura de um pica-pau realizada pelo mesmo.