É na tômbola da Justiça que a sorte, ou o azar, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) se jogará nos próximos anos. Além do caso do investimento no Brasil, segundo informações recolhidas pela VISÃO, há mais 19 investigações em curso relacionadas com a instituição, atualmente liderada por Ana Jorge, a maioria dos quais por suspeitas de crimes em contratação pública de bens e serviços.
Nas últimas semanas, a própria Ana Jorge tem-se deslocado por diversas ocasiões ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), seja para prestar declarações ou para entregar mais documentação à procuradora Rita Madeira, que ficou encarregue da investigação ao caso da Santa Casa Global e às perdas estimadas de mais de 50 milhões de euros no Brasil (VISÃO de 21 de março). Ao mesmo tempo, de acordo com fontes contactadas pela VISÃO, a provedora e o vogal João Correia têm enviado para o Ministério Público e para a Polícia Judiciária documentação sobre novos casos pouco claros dentro da instituição, os quais estão já nas mãos do Ministério Público e da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC).