O Natal é geralmente tido como uma época feliz, de reencontros, partilha, afeto, amor, em que as famílias se reúnem e é possível reviver outros tempos e estar com pessoas que nos são muito queridas.
Pode ser uma época extraordinária para recuperarmos energias junto dos “nossos”, de quem nos quer bem, sendo sabido que as relações interpessoais desempenham um papel fundamental na saúde mental e emocional do ser humano. Relações saudáveis e significativas podem proporcionar apoio emocional, fortalecer a autoestima, aumentar a sensação de pertença e promover o bem-estar geral.
No entanto, e infelizmente, algumas pessoas podem demonstrar comportamentos tóxicos que têm a capacidade de causar danos significativos em outras pessoas. Muitas vezes, somos confrontados com a existência dessa pessoa tóxica dentro do nosso seio familiar. Alguém com um comportamento tóxico tem a capacidade de se vitimizar, de ser desagradável, negativista, manipulador, egoísta ou, até mesmo, de exercer violência física ou emocional.
Uma pessoa tóxica é qualquer pessoa cujo comportamento acrescenta negatividade e perturbação. A toxicidade nas pessoas não é considerada uma perturbação mental. Mas podem existir problemas mentais que levam alguém a agir de forma tóxica, incluindo perturbações de personalidade.
As suas ações podem afetar negativamente os outros, quer tenham, quer não, consciência disso mesmo.
Como lidar com um familiar tóxico?
Antes de tudo, tenha a perceção real de que será somente durante algumas horas ou alguns dias que vão estar juntos, portanto, encare tudo com a maior leveza possível.
Sempre que se defrontar com a pessoa e com o seu eventual negativismo ou crítica, mude de assunto, sorria e diga algo de positivo e agradável. Aproxime-se de outras pessoas com as quais se sinta mais acolhido, pessoas através das quais se sente apoiado, protegido, nutrido emocionalmente.
Aprenda a detetar mensagens destrutivas e questione a sua veracidade, não acredite em tudo o que lhe dizem, estabeleça limites, diga “não” e defenda as suas opiniões e crenças com cordialidade, de forma clara e direta. Não se culpe, não tem de se justificar nem de dar demasiadas explicações por querer proteger-se ou defender-se de interferências nocivas. Mesmo que a pessoa não possa mudar, nós podemos.
Encontre “aquela” pessoa da festa, que pode ser o anfitrião, o divertido ou o descontraído – são pessoas que, por norma, conseguem unir as partes através de brincadeiras, jogos ou das suas próprias boa disposição e leveza, que lhes são características.
Caso vá receber as visitas em sua casa, acautele atempadamente a disposição com que todos vão sentar-se à mesa, de forma a criar alguma harmonia e empatia com a proximidade entre eles, fazendo com que, assim, existam menos probabilidades de discussões ou desentendimentos que possam estragar a festa.
Por último, mesmo que muitas vezes seja difícil, tente nesta época ler, rir e dormir bem. O riso alivia a sensação de stresse e tensão, provocando o relaxamento dos músculos, enquanto leva maior nível de oxigénio ao corpo; a leitura provoca o equilíbrio entre o cérebro e a mente, pois o corpo exige maior concentração da área da visão para interpretar o que está a ser lido e, consequentemente, vai relaxar a tensão da maioria dos músculos. Dormir bem vai deixá-lo com mais energia e paciência para lidar com todas as adversidades e tensões que também são algo típicas da época natalícia.
As festas de Natal e fim de ano nem sempre representam um momento feliz para todas as pessoas, mas tente retirar o melhor desta época – uma pausa de reflexão e conexão consigo mesmo ou com os seus familiares.
Desfrute destes dias, faça caminhadas, aproveite para se conectar com a Natureza, esteja junto de quem lhe transmite boas energias, crie memórias e aproveite para relaxar e estar presente, com leveza e boa disposição.