Criada em 2009, arrancou na semana passada mais uma edição da iniciativa dos CTT “Pai Natal Solidário”. Com cerca de meia centena de instituições de solidariedade social, o projeto tem por objetivo conceder os desejos de Natal de crianças em situação de “risco”. “O Pai Natal Solidário dos CTT é uma ação de solidariedade social que surpreende crianças em situação de risco, realizando os seus desejos de Natal”, pode ler-se na página da iniciativa.
Crianças até aos 12 anos de idade são convidadas a escrever as típicas “cartas ao Pai Natal” com os seus desejos para a época natalícia. Essas cartas – escritas em instituições como a Abraço ou Associação Sol – são depois enviadas para os CTT onde são numeradas e digitalizadas para o seu site, onde podem ser apadrinhadas por qualquer pessoa.
Ao navegar o mar de cartas disponíveis no site dos Correios de Portugal, qualquer pessoa pode escolher apadrinhar o desejo de uma criança. “São desejos escritos, desenhados ou colados nessas cartas, que os portugueses podem apadrinhar através dos CTT”, lê-se. Entre os desejos mais populares estão os habituais brinquedos, que vão variando consoante as tendências do ano em questão. Contudo, por entre as conhecidas barbies e os brinquedos tecnológicos, por vezes a imaginação das crianças vai mais longe, existindo pedidos que vão desde os irmãos mais novos aos animais de estimação.
Ao padrinho da carta, após a reserva da mesma, basta entregar o presente – com o respetivo número – num posto dos correios nos três dias úteis seguintes. De modo a proteger as crianças envolvidas no projeto, nenhuma informação da mesmo – exceto nome e idade – é revelada. Do mesmo modo – e de forma a preservar a magia por detrás da chegada do “Pai Natal” no dia 25 de dezembro – os nomes dos padrinhos são também anónimos, pelo que o embrulho dos presentes – bem como o transporte do mesmo até à instituição – fica a cargo dos correios. “Os “padrinhos” só têm de escolher a carta de uma criança, comprar o presente desejado e entregá-lo em qualquer uma das Lojas CTT que temos por todo o país. O presente tem de ser novo e corresponder ao pedido formulado na carta, apesar de não ser obrigatório que seja exatamente igual. Depois, os CTT enviam-no para a instituição, sem qualquer custo para o participante”, lê-se.
No ano passado, a iniciativa atingiu o número total de cartas apadrinhadas – cerca de mais de 200 mil cartas. No entanto, caso alguma carta não seja apadrinhada, os CTT encarregam-se de garantir que nenhuma criança fica sem presente. Já em janeiro, através da página oficial de Youtube dos CTT, quem participou no projeto pode ver parte do seu resultado, uma vez que algumas das instituições partilham vídeos de bastidores da experiência.
As cartas do pai natal solidário estão disponíveis no seu site oficial até ao dia 6 de janeiro de 2024.