Um grupo de portugueses, apesar de já constituídos arguidos, continuará a lucrar milhões de euros por ano à custa dos imigrantes que se dedicam à apanha da amêijoa-japonesa no estuário do Tejo. Mesmo depois das operações policiais – e dos artigos na comunicação social –, este comércio ilegal, que decorre na praia do Samouco, no município de Alcochete, mantém-se sem alterações, como testemunhou, nos últimos dias a VISÃO.
A Justiça aponta o dedo a quatro portugueses responsáveis pela presença, neste momento, da maioria destes estrangeiros em Portugal: um casal, residente em Brejos de Azeitão, município de Setúbal, e outros dois homens, pai e filho, donos de armazéns e garagens no Samouco. Estão todos indiciados pelos crimes de tráfico de pessoas e de exploração laboral e de mão de obra ilegal.