Com o Halloween a ser celebrado no dia 31, outubro torna-se um mês dedicado ao que mais nos assusta, o que faz com que exista maior oferta de filmes e séries de terror. Nas salas de cinema destaca-se, dentro do género, as exibições de “O Exorcista: Crente” e de “The Nun II: A Freira Maldita”. As plataformas streaming vão buscar ao catálogo os maiores sucessos de terror, guardando para esta altura as estreias de apostas de terror, como é o caso de “A Queda da Casa de Usher”, na Netflix, ou “American Horror Story: Delicate”, na Disney +.
O gosto por conteúdos de terror é justificado pela psicologia. Segundo o “paradoxo do terror”, sentir medo dentro de certas circunstâncias pode ser divertido, prazeroso e trazer-nos benefícios. O académico Mathias Clasen, diretor de um departamento na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, dedicado ao estudo do medo, garante que este tipo de conteúdos pode ser “uma ferramenta de aprendizagem importante”. “Aprendemos sobre os perigos do mundo. Aprendemos um pouco sobre a nossa capacidade de resposta”, diz. Há provas de que usar o medo de forma recreativa fornece meios para lidar com ameaças reais. Como exemplo, Clasen adianta que os fãs de terror demonstraram maior resiliência psicológica durante a pandemia e confinamento.
O académico destaca ainda que esta curiosidade surge desde cedo, recordando que até os bebés gostam de jogos, como o “cucu”, em que se sentem desafiados pelo medo, e que as crianças apreciam a adrenalina de serem presas nas “apanhadas”. “Acho que nunca estive com alguém que não gostasse de uma pequena dose de medo”, destaca Clasen.
Mas como se explica o sucesso dos filmes de terror entre o público? A resposta está no vídeo, em cima.