A partir de sexta-feira, o estado do tempo no continente será influenciado por uma “intensa crista anticiclónica localizada sobre a Europa Ocidental, associada ao transporte de uma massa de ar quente e seco, com origem no Norte de África”, explica a meteorologista Ângela Lourenço, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Já estamos em valores de temperatura máxima acima da média e superiores a 30 graus em algumas regiões do país, mas é a partir de amanhã que se vai registar uma subida significativa – as temperaturas máximas, em particular na região sul e no Vale do Tejo, poderão atingir valores entre 35 e 37 graus.
“Estes valores são acima dos valores normais para o mês de setembro. Ainda que não sejam expectáveis valores absolutos de temperatura máxima comparáveis a episódios ocorridos durante os meses mais quentes, os valores previstos correspondem a anomalias de até cerca de 5 a 8 graus acima dos valores médios habituais para esta altura do ano”, acrescenta a meteorologista.
As mínimas também irão registar uma subida, podendo ser registadas noites com valores iguais ou superiores a 20 graus, que o IPMA caracteriza como noites tropicais, em alguns locais, em especial no litoral da região do Algarve.
“Esta situação de tempo quente deverá persistir até ao início da semana, até dia 03. A partir daí existe alguma incerteza se esta persistência de temperaturas elevadas deverá continuar ou não. Em todo o caso, mesmo que ocorra uma descida de temperatura, os valores irão manter-se acima da média para a época do ano”.
Segundo Ângela Lourenço, se o cenário da influência da crista anticiclónica persistir e o episódio de tempo quente se prolongar por mais dias, em especial na região Sul, poderá ocorrer uma onda de calor.
com Lusa