Foi a conselho médico que, aos 11 anos, se mudou de Lisboa para Vila de Rei. Havia “passado a infância em hospitais”, atacado por crises de asma, e os ares do Pinhal Interior depressa ajudaram a resolver o problema. Desde tenra idade que a Natureza influencia o destino de André Farinha, mas só mais tarde, ao atingir a maioridade e seguir para os Açores como meteorologista da Força Aérea, ela ganhou outra dimensão: a do encantamento.
“Na ilha Terceira, comecei a dedicar-me à fotografia e, como era tudo fantasticamente bonito, acabei por focar-me nas paisagens. Mal sabia que havia mais oito ilhas espetaculares para explorar”, recorda este lisboeta que, aos 31 anos, já correu meio mundo e anda agora na Islândia, movido por paixões germinadas no arquipélago açoriano, a Natureza e a fotografia. “Um dia, fui parar à ilha das Flores. Na aproximação à pista, espreito pela janela do avião e vejo escarpas gigantes, com cascatas enormes, dezenas delas, e esse primeiro impacto foi logo mágico para mim.”