O Governo vai rever a lei da segurança e higiene no trabalho, que tem 14 anos? Haverá espaço para incluir medidas preventivas de burnout?
O Governo vai avançar com um Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, que tem como objetivo lançar uma grande discussão para o futuro de segurança e saúde no local de trabalho, para atender às novas dimensões como as preocupações com a saúde mental e o direito a desligar, as novas formas de organização do trabalho com fenómenos como o burnout ou a sinistralidade nalguns setores de atividade. Vamos também proceder à revisão da lei da segurança e saúde no trabalho, em que uma das preocupações será a revisão da composição das equipas de segurança e saúde no trabalho, a definição de elementos que devem obrigatoriamente constar das avaliações de risco e o reforço do papel do psicólogo nas equipas.
Portugal é dos países da União Europeia onde existe maior risco de burnout. O que nos diz isto sobre a forma como está organizado o nosso mercado de trabalho?
Pretendemos lançar uma campanha de promoção da cultura de segurança e saúde no trabalho, e a sensibilização de empregadores, trabalhadores e sociedade civil para a essencialidade destas matérias, de forma a contribuir para a redução da sinistralidade laboral, das doenças profissionais e dos riscos psicossociais no mercado de trabalho. E, na próxima semana, arranca o estudo-piloto da semana de quatro dias, que procura perceber quais os impactos ao nível da motivação, do bem-estar dos trabalhadores, da redução do absentismo, bem como do impacto na produtividade das organizações.