“A Flor do Buriti”, que fará a estreia mundial em Cannes na secção “Un Certain Regard”, é a segunda longa-metragem coassinada por João Salaviza e Renée Nader Messora, rodada com o povo indígena Krahô, do Brasil.
“‘A Flor do Buriti’ atravessa os u´ltimos 80 anos dos Kraho^, dando a conhecer ao espectador um massacre ocorrido em 1940, onde morreram mais de dezenas indi´genas. Perpetrado por dois fazendeiros da regia~o, as viole^ncias praticadas naquele momento continuam a ecoar na memo´ria das novas gerac¸o~es”, lê-se na sinopse.
De acordo com a produtora Karõ Filmes, os dois realizadores rodaram o filme durante quinze meses na terra indígena Kraholândia, onde já tinham feito “Chuva e´ Cantoria na Aldeia dos Mortos” (2018).
Em nota de imprensa, os realizadores lembram que, “em 1969, durante a Ditadura Militar, o Estado Brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameac¸as, os Kraho^ seguem caminhando sobre a sua ‘terra sangrada’, reinventando diariamente as infinitas formas de resiste^ncia”.
A 76.ª edição do Festival de Cinema de Cannes decorrerá de 16 a 27 de maio e a programação foi anunciada hoje em Paris por Iris Knobloch, a primeira mulher a presidir ao festival, e Thierry Fremaux, delegado-geral do evento.
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