Nascida antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914-1919), Colette Maze toca piano há mais de um século e prepara-se para lançar mais um álbum, o sétimo, ainda antes de completar 109 anos, em junho. Nos últimos dias, a francesa desdobrou-se em várias entrevistas à comunicação social do seu país, em virtude desta novidade. Bem a propósito, o álbum foi batizado de “108 de piano” e contará com músicas de compositores como George Gershwin, Astor Piazzolla, Robert Schumann ou Claude Debussy.
A pianista conta, por exemplo, que mantém uma rotina de tocar entre quatro a cinco horas todos os dias, no apartamento de Paris onde vive desde os 18 anos. “O piano é um amigo. Preciso de o sentir e de o ouvir”, justificou, ao jornal Le Figaro.
Na casa com vista para o rio Sena, Colette divide-se entre três pianos, mantendo uma jovialidade improvável para a idade. “Ainda sou jovem”, diz, a sorrir, à Agência France-Presse. “O envelhecimento não me diz nada. Há pessoas que são jovens para sempre, que se deixam maravilhar por tudo, e depois há as pessoas que não se importam com nada nem nunca amaram nada, nem sequer o seu homem, dá para imaginar?”
Durante quase toda a vida, Colette Maze foi professora de piano, mas a sua popularidade cresceu após o centenário, impulsionada pela exposição nas redes sociais. Em criança, quando sofria de asma, o som do piano e do violino, tocado pela mãe, costumava acalmá-la, revela ainda, convicta de que a longevidade pode estar relacionada com o facto de ter dançado muito ao longo da vida.
Pode vê-la a tocar neste vídeo partilhado no YouTube: