A cantora Taylor Swift foi a artista que mais vendeu em 2022, segundo a International Federation of Phonographic Industry (IFPI). Esta organização, que representa a indústria fonográfica mundial, fez o cálculo com base nas vendas de musicas em streaming, em formato digital e em álbuns físicos, como os CD e os vinil.
Apesar da IFPI não fazer as contas às receitas geradas pela venda da música, a revista Forbes, revelou na semana passada que Taylor Swift foi a artista mais bem paga no ano passado, tendo conseguido arrecadar cerca de 90 milhões de euros ao longo do ano.
Os BTS, a banda de K-Pop, ficaram no segundo lugar depois de terem alcançado a primeira posição nos dois anos anteriores. Já Ed Sheeran, que alcançou o primeiro lugar em 2017, não conseguiu passar do 9º lugar, o que se deve, em grande parte, ao facto de não ter editado qualquer novo trabalho no ano passado.
“O ranking deste ano reflete de forma surpreendente o aumento da diversidade da música que os fãs têm à sua disposição. Temos uma grande representação de estrelas da América Latina, Coreia do Sul, Tailândia, EUA, Reino Unido e Canadá. As editoras continuam a trabalhar em todos os cantos do mundo para encontrar e produzir estrelas globais com carreiras de sucesso e a longo prazo”, afirmou Frances Moore, o presidente da IFPI.
Ranking | Artista |
1 | Taylor Swift |
2 | BTS |
3 | Drake |
4 | Bad Bunny |
5 | The Weeknd |
6 | SEVENTEEN |
7 | Stray Kids |
8 | Harry Styles |
9 | Jay Chou |
10 | Ed Sheeran |
11 | Eminem |
12 | Kanye West |
13 | YoungBoy Never Broke Again |
14 | Kendrick Lamar |
15 | Lil Baby |
16 | Billie Eilish |
17 | Post Malone |
18 | Juice WRLD |
19 | The Beatles |
20 | Imagine Dragons |
Taylor Swift acaba por ser a única representante dos EUA entre os dez artistas que mais venderam no ano passado. O rapper de Porto Rico, Bad Bunny, ficou na quarta posição deste ranking, sendo a primeira vez que um artista da América Latina, com letras em espanhol, entra no top cinco. Já Jay Chou foi o primeiro tailandês a surgir neste tabela da IPFI, graças à sua popularidade na China e nos países do sudeste asiático. Entre os dez primeiros encontramos ainda três bandas coreanas. Para além dos BTS, que foram os artistas com mais músicas vendidas em 2020 e 2021, surgem agora os SEVENTEEN e os Stray Kids, que ficaram na sexta e sétima posição, respetivamente. Entre os dez primeiros encontramos ainda dois britânicos, Ed Sheeran e Harry Styles, e dois canadianos, Drake e Weeknd.
Esta é a terceira vez que Taylor Swift consegue ficar na primeira posição deste ranking, lugar que tinha já alcançado em 2014 e 2019. No ano passado, graças ao seu décimo álbum, Midnights, lançado em outubro, a cantora norte-americana conseguiu vender seis milhões de álbuns e as músicas desta obra foram ouvidas 1,8 mil milhões de vezes via streaming. No total da sua obra, a cantora atingiu os 36,6 mil milhões de streams em todo o mundo em 2022.
Já o álbum mais ouvido em streaming foi Un Verano Sin Ti, de Bad Bunny, com quase 4,3 mil milhões de streams. Já Dangerous: The Double Album, de Morgan Wallen, ficou na segunda posição com 2,9 mil milhões, e The Highlights, de Weeknd, na terceira com 2,6 mil milhões. O streaming é atualmente a forma mais comum de ouvir música em todo o planeta e, atualmente, representa quase dois terços das receitas de vendas dos artistas. Em 2021, a indústria fonográfica gerou uma receita global de 25,9 mil milhões valor que, segundo as últimas estimativas, deverá aproximar-se dos 30 mil milhões no ano passado.
O ranking começou a ser feito pela IFPI à precisamente dez anos e, nas dez edições, apenas seis artistas conseguiram ficar na primeira posição. Taylor Swift por três vezes, BTS e Drake, por duas, Ed Sheeran, Adele e One Direction.
Ano | Artista |
2022 | Taylor Swift |
2021 | BTS |
2020 | BTS |
2019 | Taylor Swift |
2018 | Drake |
2017 | Ed Sheeran |
2016 | Drake |
2015 | Adele |
2014 | Taylor Swift |
2013 | One Direction |
Os Beatles conseguem marcar presença na 19ª posição deste ranking apesar de já não editarem um álbum novo deste 1970. Let it Be, apesar de muitas das músicas terem sido gravadas antes de Abbey Road, acabou por ser o último trabalho de originais que John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr lançaram no mercado discográfico antes da separação da banda.
Esta popularidade dos Fab Four em 2022 pode ser explicada pela êxito que teve o documentário The Beatles: Get Back, realizado e produzido por Peter Jackson, com base em mais de 60 horas de gravações vídeo feitas durante os 21 dias que estiveram em estúdio para gravar o álbum Let it Be, que culminaria no famoso concerto no terraço do edifício da Apple Corps, em Londres,
O documentário, de três episódios, foi estreado na Disney+ a 21 de novembro de 2021. Em julho de 2022, foi publicado em DVD e Blu-Ray e teve ainda apresentação em várias salas de cinema I-Max em várias cidades dos EUA.