A 25 de março de 2021, a advogada Tânia Reis foi protagonista de uma situação inédita na Justiça nacional – pelo menos, de que há memória. De manhã foi noticiado que o Ministério Público (MP) a acusava, e ao consultor forense que com ela trabalha, João de Sousa, de simulação de crime, detenção de arma proibida e favorecimento pessoal, em diligências de defesa da sua cliente Rosa Grilo. À tarde, o Supremo Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso que Tânia Reis tinha apresentado e manteve a pena máxima, 25 anos de cadeia, a que Rosa Grilo tinha sido condenada (assim como o seu amante, António Joaquim) pelo homicídio do engenheiro informático e triatleta Luís Grilo, 50 anos, marido da arguida, ocorrido em julho de 2018.
No dia seguinte, a advogada renunciou à defesa de Rosa Grilo. Noticiou-se, na altura, que Tânia Reis se sentiu enganada pela cliente, o que a advogada, agora abordada pela VISÃO no seu modesto escritório em Alverca, não comenta, escudando-se no sigilo profissional.