Tal como a Covid-19 se multiplicou em muitas variantes, também o ransomware – a captura de sistema informáticos com a exigência de um pagamento para o seu resgate – se tem multiplicado em diversas estirpes. A mais recente que chegou a Portugal, e foi identificada pela Polícia Judiciária no ataque ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, chama-se Hive e tem sido utilizada por grupos de hackers em incursões a vários hospitais e unidades de saúde nos EUA.Já em agosto de 2021, o FBI tinha identificado esta estirpe de ransomware após um ataque ao grupo de saúde Memorial Health System, no Ohio, provocando um bloqueio total no sistema, que levou ao cancelamento de várias cirurgias, obrigando igualmente o hospital a diminuir os serviços prestados. Em comunicado, o Garcia de Orta também admitiu estar sem acesso aos sistemas informáticos, tendo ativado o plano de contingência. “Estamos a tentar manter os mínimos com computadores portáteis e acessos externos, porque não conseguimos aceder aos nossos servidores”, disse à VISÃO uma fonte hospitalar, acrescentando que, perante o bloqueio do sistema, o hospital está a tentar contornar a situação através da utilização de outros canais, voltando a usar com frequência os registos em papel.
Dados dos doentes em risco