Mal acorda, a primeira coisa que Miguel faz é pegar no telemóvel para ir à internet. As aulas do 8.º ano começam às oito e meia, mas ainda arranja tempo para um jogo. As manhãs, “às vezes, parecem uma zona de guerra”, com Ana a insistir para que o filho de 13 anos se despache e largue o smartphone. Miguel sabe que não pode usá-lo no quarto, onde também não tem computador, mas são várias as ocasiões em que os pais o interrompem na casa de banho para lhe retirar o gadget das mãos.
Com o controlo parental ativado no telemóvel, todos os dias da semana, com ou sem aulas, Miguel gasta sempre as três horas diárias que lhe são atribuídas para jogar. O problema é quando os pais percebem onde e a que horas o fez – e chega a ser durante o horário escolar.