“É aproveitar, enquanto dura”, comenta o homem na casa dos “entas”, vindo do médico, em conversa com a mulher. Os exames estavam normais, só tinha de ter paciência para lidar com aquelas dores, que iam e vinham. Ela olhou para ele, ainda com os olhos pousados nos exames, e retorquiu, sem pestanejar: “Isso é a síndrome da PDI! [p*** da idade]”
O casal vale-se do humor para aceitar com graciosidade as marcas do envelhecimento, uma vitória diária sobre a morte, embora aspirando ao mesmo que o filósofo Cícero: ninguém é tão velho que não possa viver mais um ano e, já agora, ter um remédio que faça o tempo – ou a biologia do corpo – voltar para trás.