Se olha para esta fotografia como quem aprecia uma obra de arte, boquiaberto com a diversidade cromática dos alimentos e com a forma original de alguns destes legumes, se calhar está pronto para aprender mais sobre os produtos que vêm da terra. Muitas vezes, a dificuldade reside apenas em não se saber o que se fazer com eles.
Sofia Paixão, 52 anos, criou a Cooking School para resolver problemas como este – abriu em março, devagarinho e na sombra. Agora, que já passou conhecimento a alguns alunos, a professora, formada em cozinha natural, já se sente com à-vontade para alardear ao País que qualquer pessoa pode inscrever-se na sua escola virtual, desde que pague, claro. O espaço físico fica no Monte Estoril e tem todas as condições para estes conteúdos gastronómicos. Mesmo antes da pandemia, Sofia idealizou este modelo online, para que se possa aceder à informação mais facilmente. “Dou aulas numa escola americana há muitos anos e foi sempre assim”, justifica.
No cardápio da Cooking School constam vários pratos, só para abusar da nomenclatura culinária. O maior e mais completo deles dá pelo nome de Curso Completo de Cozinha Natural e tem a duração de 12 semanas (já houve um, está a iniciar-se outro e as inscrições estão abertas para o de janeiro). Aqui, com uma aula semanal em direto, e muitas outras gravadas e dadas por diversos professores, fica-se com uma “noção total acerca do mundo da alimentação natural”. Além disso, os alunos interagem numa plataforma fechada só para este efeito. E não se pense que se trata apenas de comida. Também há módulos de reciclagem, desperdício alimentar ou detergentes caseiros. A sustentabilidade é uma preocupação inerente aos conteúdos, que privilegiam sempre alimentos de maior riqueza nutricional.
Depois de se comprar o curso (€950), os conteúdos ficam disponíveis durante um ano e a sala de chat permanecerá aberta para que a troca de experiências, através de vídeos, fotos ou texto, se mantenha.
A Cooking School também dá cursos e workshops temáticos, como por exemplo aprender a fazer as bolachas da fotografia que está aqui mesmo em baixo. Neste caso, pagando 95 euros, tem-se acesso imediato aos conteúdos que estão disponíveis durante três ou seis meses, consoante a escolha. Durante esse tempo, aprende-se a dominar a técnica para não se “ficar preso à receita, adaptando-a ao gosto pessoal”. Aqui, o contacto direto com o professor acontece apenas através de email, caso haja essa necessidade – as aulas são todas gravadas.
Por seu turno, os workshops fechados num tema (pão sem glúten, por exemplo) desenvolvem-se sempre em direto e durante duas horas e meia (€55). E ainda há o serviço de PT na cozinha, que Sofia batizou de cooking coach, em que uma pessoa paga 60 euros para ter uma hora de conversa com um professor sobre determinado tema de cozinha saudável, ao género “aula para tirar dúvidas”.
“Tudo isto são ferramentas práticas para que os alunos se tornem autónomos na cozinha”, conclui Sofia Paixão, a sentir-se realizada por finalmente concretizar o seu sonho de fazer nascer uma escola direcionada para a alimentação saudável.