Trabalhar a partir de casa com crianças não é fácil e pode até resultar em situações embaraçosas, mas engraçadas. Foi o que aconteceu numa entrevista ao vivo da ministra do Desenvolvimento Social da Nova Zelândia, Carmel Sepuloni, quando o seu filho, que queria mostrar à mãe que uma cenoura tinha um formato diferente, entrou pela sala sem se aperceber que Sepuloni estava ocupada.
A ministra decidiu partilhar o momento no Twitter: “Aquele momento em que estás a fazer uma entrevista AO VIVO via Zoom e o teu filho entra na sala a gritar e a segurar uma cenoura deformada com a forma de uma parte do corpo masculina”, escreveu Sepuloni, na publicação.
Mas não ficou por aí: os dois ainda brincaram com a “cenoura deformada” durante algum tempo, quando o rapaz tentou mostrá-la à câmara uma segunda vez antes de sair da sala. “Sim, estávamos quase a lutar wrestling por uma cenoura na câmara, e sim, agora estou a rir-me dela, mas não estava na altura!”, acrescenta a ministra, acompanhando o texto com o vídeo hilariante, em que se pode observar que, quando o menino entrou entusiasmado a mostrar a cenoura, a mãe tentou dizer-lhe que estava a fazer uma entrevista por vídeo, mas nessa altura ele já tinha acenado com a cenoura em frente à câmara.
Aproveitando o momento embaraçoso, a ministra decidiu utilizá-lo para mostrar ao mundo como fazer teletrabalho fechado em casa, com os filhos, pode ser difícil, uma vez que, desde o início da pandemia, muitas foram as famílias que estiveram em teletrabalho com os filhos em casa durante os confinamentos e muitas situações idênticas a esta provavelmente terão acontecido.
“Para todos os pais a trabalharem a partir de casa e a serem pais ao mesmo tempo – estou com vocês!”, destacou, numa mensagem de solidariedade, deixando ainda uma nota para si mesma, em tom irónico: “Nunca mais vou comprar um saco de cenouras com forma estranha”.
“Isto é tão engraçado, palmas para esta criança. Obviamente eu nunca faria nada assim… * claro que fazia”, disse um dos muitos utilizadores que partilharam o vídeo.
Noutra partilha na mesma rede social, pode ler-se: “Não consigo parar de ver por fazer recordar que somos todos humanos e estamos a dar o nosso melhor no trabalho e em casa”.
“Tenho escrito muito sobre a invisibilidade das crianças na pandemia, mas adoro estes momentos em que, em vez disso, ultrapassam-se as fronteiras entre as crianças e o público adulto. Tenho pensado muito sobre o que perdemos quando isolamos as crianças dos espaços públicos.”, refletiu outra utilizadora, que também partilhou o momento.
A Nova Zelândia voltou a confinar este mês, depois de ter surgido um único caso de Covid-19 em Auckland – o primeiro desde fevereiro deste ano. Agora, todos os trabalhadores, exceto os que trabalham em bens essenciais, permanecem em casa e devem realizar teletrabalho tanto quanto possível, e as escolas em todo o país estão fechadas.