Eles correm, eles saltam, eles rebolam. Alegram-se assim que nos pressentem, brincam connosco se brincamos com eles, procuram em nós o aconchego sempre que lhes apetece. Leais e afetuosos, cada um à sua maneira, ladram se são cães e se são gatos miam, os nossos animais de companhia preferidos. Hóspedes de quatro patas a quem abrimos as portas de casa e abraçamos, muitas vezes, como membros da família – primeiro conflito de interesses, desde já a reter.
Há mais de dois milhões de cães e de 250 mil gatos em Portugal, segundo os registos do SIAC (Sistema de Informação de Animais de Companhia), mas na realidade serão bem mais, sobretudo os felinos, se somarmos os que fogem à contabilidade oficial como quem desaparece da vista para saciar a curiosidade. Em 2016, um estudo da consultora internacional GFK apontava para a existência de seis milhões de animais de estimação no País (36% cães e 22% gatos), com presença em mais de metade dos lares portugueses. Tantas vezes, são eles a única companhia, terapia de vidas solitárias. Noutras, e então com crianças à mistura, são mais um para ajudar à festa
“Cada vez mais, as pessoas tratam melhor os seus animais”, nota Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários e diretor do Hospital Veterinário do Restelo, em Lisboa. “A nível médico, de alimentação e do trato, há uma evolução muito grande. Na medicina veterinária estamos ao nível da medicina humana: fazemos transplantes, ecografias, ressonâncias magnéticas… Se há uns anos se optava pela eutanásia, hoje a maioria das pessoas trata os animais até ao fim e gasta o que for preciso.”
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