O Instituto Marítimo e Portuário (IMP) de Cabo Verde voltou hoje a interditar a frequência às praias na capital do país, 19 dias após a reabertura, por causa do “elevado nível de transmissão” comunitária do novo coronavírus.
“O Governo deliberou, com efeitos imediatos, interditar a frequência das praias no concelho da Praia, por um período de 15 dias”, anunciou o IMP, explicando que se tem verificado significativas aglomerações de pessoas na afluência às praias do concelho, sem observância das regras sanitárias impostas pelas autoridades.
Por isso, para evitar o agravamento da situação epidemiológica provocada pela covid-19 na capital do país, o instituto cabo-verdiano ressaltou que “é expressamente proibida” a utilização de zonas da orla costeira para a prática de banhos de mar.
A mesma fonte referiu que a medida está sujeita a reavaliação, conforme a evolução da situação epidemiológica no concelho da Praia, na ilha de Santiago.
A frequência às praias da capital de Cabo Verde foi permitida desde 07 de setembro, das 06:00 às 10:00, quase seis meses depois das primeiras medidas para evitar a propagação da covid-19 no arquipélago.
Na altura da permissão do acesso às praias da ilha de Santiago, o Governo cabo-verdiano referiu que a medida iria ser avaliada semanalmente pelo IMP e pela Direção Nacional de Saúde.
Com esta medida, fica permitido o acesso às praias no restantes oito concelhos da ilha de Santiago e nas ilhas do Sal e do Fogo, das 06:00 às 10:00, e nas restantes ilhas durante todo o dia.
A cidade da Praia é o principal foco de covid-19 em Cabo Verde, com 3.422 casos acumulados, dos quais 35 óbitos.
Cabo Verde registou hoje mais 73 novos infetados pelo novo coronavírus e 60 dos quais na Praia, que no dia anterior, tal como o país (149), tinha batido o recorde de casos diários (116).
O arquipélago regista um acumulado de 5.701 casos de covid-19, distribuídos por oito das nove ilhas habitadas e 19 dos 22 municípios do país.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 993.438 mortos e cerca de 32,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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