A pandemia da Covid-19 trouxe outra consequência inesperada: a antecipação dos preparativos de Natal em duas cidades espanholas. Vigo e Málaga começaram na quarta-feira, 19 de agosto, a montagem das luzes natalícias. É perto de um mês mais cedo do que no ano passado, e é assim que os autarcas contam ter tudo pronto no final de novembro.
Em Vigo, a justificação é que “os regulamentos da Covid farão com que a instalação e montagem das luzes seja um pouco mais lenta”, explica Abel Caballero, presidente da Câmara Municipal, falando sobre aquelas que considera “as melhores luzes do mundo”. O autarca adiantou que serão iluminadas as ruas habituais “e um pouco mais”.
A iluminação natalícia de Vigo tornou a cidade numa atração turística que atraiu, no ano passado, cerca de 170 mil pessoas ao centro de Vigo para apreciar os dez milhões de lâmpadas LED instaladas. Este ano, devido ao distanciamento social, não se consegue prever o cenário nem o impacto económico local deste evento, que alicia gente não só da Galiza, mas também de outras partes de Espanha.
Da mesma forma, Málaga quer garantir as festividades a tempo e horas, bem como a segurança dos trabalhadores da empresa de iluminação, Iluminaciones Ximénez, que também é responsável pelas instalações em Vigo. As ruas a iluminar serão as mesmas, bem como o tema do ano passado: a “Floresta do Natal”. Espera-se que a inauguração seja a mesma do ano passado: na última semana de novembro.
A cidade cancelou a reprodução de música com o objetivo de evitar ajuntamentos nos locais constituídos para assistir aos espetáculos, que em 2018 atraíram cerca de 82 mil pessoas por dia. Relativamente a planos ou protocolos de limitação da capacidade de pessoas no centro histórico e nos arredores, a vereadora para as festas, Teresa Porro, apela à responsabilidade individual: “São as pessoas que devem ser responsáveis pelos sítios aonde vão e para onde têm de ir.”