O primeiro dia de desconfinamento, agora na vigência do estado de calamidade, vai ser de expetativa. Esta fase inicial de reabertura da economia no pós-Estado de Emergência tem regras decretadas pelo Governo sobre como se irá processar, de que forma, em que horários, com que medidas específicas para os vários setores.
Em primeiro lugar, nunca esquecer, seja em que local for (interior ou exterior): manter a distância de segurança de dois metros, cumprir a etiqueta respiratória e a regular higienização das mãos.
Passa, agora, a ser obrigatória a utilização de máscara nos transportes públicos, comércio e outros locais fechados (como repartições de finanças ou conservatórias). Existe o dever cívico de recolhimento domiciliário, a proibição de eventos ou ajuntamentos com mais de 10 pessoas e os funerais passam a contar com a presença de todos os familiares que queiram ir (independentemente do número).
Vão reabrir as lojas de rua (com área até 200 m2), as livrarias e stands de automóveis (independentemente da área), as bibliotecas e arquivos, os cabeleireiros e balcões de atendimento público.

Nas lojas:
- São permitidas cinco pessoas por 100 m2, ou seja, 10 no máximo.
- Os horários podem ser ajustados, por forma a garantir um desfasamento da hora de abertura ou de encerramento, mas não podem abrir antes das 10 horas.
- Obrigatório usar máscara
- Devem ser definidas, sempre que possível, circuitos específicos de entrada e saída nos estabelecimentos, utilizando portas separadas
- Os acesso aos provadores de roupa deve ser controlado, inativando, por exemplo, alguns dos espaços, de forma a ser mantida a distância de segurança
- Os mostradores, suportes de vestuário e cabides devem ser desinfetados após cada utilização
- Disponibilização de solução antisséptica de base alcoólica para utilização pelos clientes

Nos cabeleireiros e barbeiros:
Medidas gerais
- Marcação prévia por parte do cliente
- Solução antisséptica de base alcoólica à entrada do estabelecimento
- Utilização de máscara
- Deve ser o cliente a colocar o seu casaco, chapéu de chuva, etc. no bengaleiro
- Evitar levar sacos de compras
- Não haverá revistas ou tablets para consulta
Para os funcionários
- Deverão usar máscara cirúrgica, óculos de proteção viseiras (estes devem ser desinfetados após cada cliente)
- Roupa de utilização exclusiva dentro das instalações a vestir lavada diariamente – quando possível trocada entre clientes ou descartável
- Calçado para uso exclusivo dentro das instalações
- Lavagem ou desinfeção frequente das mãos entre clientes – a ser feita, sempre que possível, à frente do clientw para mostrar que a higiene é uma prioridade
- Não usar adornos tipo pulseiras, relógios e anéis
De uma maneira geral, todos os espaços agora reabertos devem ser limpos e desinfetados “diariamente”, assim como os equipamentos, objetos e superfícies com os quais haja um “contacto intenso”. Máquinas para pagamento automático, equipamentos, objetos, superfícies e produtos com os quais os clientes contactem diretamente devem ser limpos e desinfetadas “pós cada utilização ou interação”. Os artigos não embalados devem ser “preferencialmente manuseados e dispensados pelos trabalhadores” e não pelos clientes.
As trocas e devoluções de roupa são permitidas, mas as lojas devem, “sempre que possível”, assegurar a sua limpeza e desinfeção antes de serem disponibilizadas para venda, exceto nos casos em que “tal não seja possível ou comprometa a qualidade dos produtos”.
A partir de agora, também podem ser praticados desportos individuais ao ar livre (sem utilização de balneários nem piscinas), no mar (surf, bodyboard, etc), pescar, passear nos jardins ou espaços verdes, visitar jardins zoológicos, oceanários ou fluviários.
Estas medidas serão revistas a cada 15 dias e, para os dias 18 de maio e 1 de junho estão previstas a segunda e terceira fases do descofinamento económico com a reabertura de lojas maiores e outros locais.