Stacy Bailey, que foi duas vezes professora do ano, mostrou uma fotografia dela e da sua noiva enquanto se apresentava em agosto de 2017 à sua nova turma. Um pai de um aluno queixou-se à escola afirmando que a docente estava a “promover a homossexualidade”, segundo documentos judiciais a que a CNN teve acesso.
“Se eu tivesse ficado em silêncio ou me tivesse demitido, isso teria acontecido com outra pessoa depois de mim”, explicou a professora, em conferência de imprensa, a justificar porque decidiu não ficar calada.
A professora de artes, do Texas, EUA, que foi colocada em licença administrativa durante oito meses, chegou agora a um acordo de 100 mil dólares – 88,5 mil euros – com o agrupamento de Mansfield. O acordo implica ainda a remoção da suspensão do registo de Bailey e uma formação obrigatória sobre as questões LGBT aos recursos humanos e às equipas de aconselhamento das escolas e, em regime opcional, para os administradores, os funcionários, professores ou pais que queiram participar.
O advogado, Jason C. N. Smith, declara ainda que “o juiz neste caso decidiu que os professores gays são protegidos pela Constituição. Esse é um precedente que protegerá todos os professores gay deste país” destacando que “Stacy incentivou outros professores a viverem a sua verdade e a serem abertamente quem são na sala de aula, para que possam ser pessoas melhores e melhores professores”.
Bailey e a sua agora mulher, Julie Vazquez, vão doar o dinheiro do acordo a uma organização sem fins lucrativos dedicada às questões LGBT e o seu advogado doará as suas taxas legais à Human Rights Campaign, o maior grupo de defesa de direitos LGBT.