A vitória de Inglaterra por 6-0 contra a Bulgária em Sofia, no jogo de classificação para o Euro2020, foi interrompida duas vezes na primeira parte devido a cânticos racistas entoados pela equipa da casa.
O treinador da equipa búlgara, Krasimir Balakov, disse que não ouviu os insultos, e alegou que os fãs ingleses também não tiveram um comportamento adequado. Apesar disso, publicou, mais tarde, um texto no Facebook em que afirma que condena todas as formas de racismo, que o prconceito deve ficar no passado e ninguém devia ser submetido a esse tipo de comportamento. Deixa ainda um pedido de desculpas: “Dado que houve casos de discriminação racial em Sofia, gostaria de pedir sinceras desculpas aos jogadores ingleses e a todos os que se sentiram ofendidos.”
O jogador inglês Tyrone Mings disse, em entrevista à BBC, que ouviu comentários racistas antes do aquecimento, e que se a equipa continuasse a ser alvo de abuso sairia do campo. No entanto, não responsabiliza a Bulgária pelo que se passou. “É difícil categorizar todo o país. Talvez seja uma minoria.”
Plamen Iliev, guarda-redes da equipa búlgara, disse que a equipa inglesa exagerou nas alegações. “Não houve nenhum abuso [que tenha ouvido] e acho que eles exageraram um pouco. O público estava a portar-se bem – não ouvi nenhuma linguagem inapropriada usada contra os jogadores adversários.”
O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, fez um apelo aos governos e “família” do futebol para acabarem com o racismo.
O site búlgaro de desporto Sportal.bg considerou o sucedido uma vergonha e humilhação histórica.
Vários jogadores de Inglaterra fizeram publicações nas redes sociais depois do jogo, a agradecer aos fãs pelo apoio.