A pen, cheia de fotos e vídeos, está “a funcionar perfeitamente”, fazem saber os biólogos, que partilharam no Twitter 37 segundos de uma das filmagens, captada a partir de um caiaque e que mostra uma foca e a sua cria a nadar e a saltar junto à embarcação.
A descoberta inesperada aconteceu os investigadores do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA) analisavam fezes de foca recolhidas há cerca de um ano e, desde então, congeladas. Os dejetos, como explica o instituto, são “ouro para os investigadores das focas-leopardo”, uma vez que lhes permite perceber o que comeram, como estão de saúde e até há quanto tempo andavam em águas neozelandesas.
O material é tão valioso cientificamente, que a bióloga marinha Krista Hupman, do NIWA, dirige uma rede de voluntários para recolher os dejetos ao longo da costa neozelandesa para serem, depois, analisados.
Foi graças a este processo que um veterinário enviou a amostra agora tornada famosa a Hupman, que a guardou no congelador. Estavamos em novembro de 2017. Agora, resgatada do frio, revelou a surpresa: o dispostivo de armazenamento, a funcionar perfeitamente, com várias imagens.
Pistas sobre o dono? Nenhumas, ou quase nenhumas: estava num caiaque azul e tinha uma botas pretas de borracha com a biqueira vermelha.
O apelo para o encontrar foi lançado esta segunda-feira nas redes sociais, com os investigadores a prometerem entregar a pen USB ao dono com uma condição: receberem, em troca, mais amostras de fezes de foca-leopardo.
No Twitter, as reações de admiração ao facto de a pen ainda funcionar não se fizeram esperar, com um utilizador e resumir o sentimento geral: “Esperem lá. Foi comida por uma foca, passou pelo seu sistema digestivo, foi expelida no cocó, recolhida, congelada durante um ano, lavada abundantemente e ainda funciona?”