Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.Era acionista maioritário do grupo Semapa, proprietário da Navigator, mas também da cimenteira Secil e de negócios na área do ambiente e da energia.
Pedro Queiroz Pereira frequentou o curso geral dos liceus em Lisboa e o Instituto Superior de Administração, tendo entre 1975 e 1987 residido no Brasil, período durante o qual exerceu cargos de administração em diversas sociedades das áreas da indústria, comércio, turismo e agricultura, tal como referido no relatório de Governo da Sociedade da The Navigator Company de 2017.
Após regressar a Portugal, o empresário continuou a exercer cargos de administração em várias sociedades lideradas pela família Queiroz Pereira.
Em 1995, altura em que a família passou a estar ligada à indústria cimenteira, tornou-se presidente do Conselho de Administração da Secil e da Semapa, tendo também, nesta última, desempenhado funções como presidente executivo.
Desde 2004, exerceu funções no Conselho de Administração da Navigator.
Em julho de 2015, deixou a presidência executiva da Semapa.
“Grande industrial”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte “prematura” de Pedro Queiroz Pereira, lembrando o “grande industrial” que foi.
Na nota de pesar publicada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa “apresenta suas sentidas condolências à família de Pedro Queiroz Pereira”.
O Presidente da República lamenta ainda “o prematuro desaparecimento desse grande industrial português”.
“Homem criador de riqueza e emprego”
O antigo banqueiro José Maria Ricciardi lembrou Pedro Queiroz Pereira como um “homem criador de riqueza e de emprego”, bem como um “adepto do ‘fair-play'”.
“Queremos hoje saudar um homem criador de riqueza e de emprego, um amante do desporto, um homem atento à nossa comunidade”, disse José Maria Ricciardi, que foi presidente do Haitong Bank (ex-BES Investimento), numa mensagem escrita enviada à Lusa.
Segundo Ricciardi, Pedro Queiroz Pereira foi “um grande adepto do ‘fair-play’ em todas as circunstâncias”, bem como “um homem sério, um grande empresário português [e] um grande amigo”.