Quando uma erupção solar é intensa, é seguida, muitas vezes de um fenómeno a que chama ejeção de massa coronal (CME). Mas nem sempre. O que os dados obtidos pelo Observatório Solar Dinâmico (SDO) da NASA permitiram agora descobrir foi o que trava, algumas vezes essa ejeção: uma “gaiola” magnética.
Os investigadores, liderados por ahar Amari, astrofísico do Centro para a Física Teórica da Escola Politécnica de Palaiseau Cedex, França, debruçaram-se sobre o enorme buraco coronal detetado em 2014, uma área muito ativa e de campos magnéticos complexos. Apesar de as condições parecerem reunidas para uma grande CME, esta nunca chegou a acontecer. Mas registou-se uma erupção classificada na categoria das mais intensas. O que determina então, se uma erupção é seguida de uma CME?
No seu site, a NASA explica que a equipa de investigadores analisou todo o processo através de modelos detalhados concebidos com as observações do SDO e concluiu que em causa está uma batalha entre duas estruturas magnéticas: Uma corda torcida (representada a azul na imagem em baixo), associada ao desencadear das CME e uma densa gaiola de campos magnéticos que impede a ejeção de massa coronal.