Mesmo após curar-se da gripe, as hipótese de sofrer um ataque cardíaco são elevadas, revelou um estudo publicado pelo The New England Journal of Medicine que tinha como objetivo avaliar a relação entre o vírus Influenza e o infarto do miocárdio.
Uma equipa de investigadores reuniu os resultados positivos para a gripe em testes feitos por 19 laboratórios de Ontário, no Canadá, e comparou-os com os internamentos nos cuidados intensivos por infarto agudo do miocárdio.
A análise permitiu identificar 364 hospitalizações de pessoas com 35 anos ou mais na sequência de complicações cardíacas que ocorreram dentro do período de um ano antes ou depois do resultado positivo para a gripe. Durante o intervalo de risco, estipulado em sete dias após a confirmação da doença, os cientistas apontaram que o número de ataques cardíacos aumentou seis vezes. Não houve uma maior incidência após o sétimo dia.
As restantes admissões (344) para infarto agudo do miocárdio ocorreram ao longo das 52 semanas antes do diagnóstico ou as 51 semanas após ele.
Os cientistas concluiram que existe uma “ligação significativa entre as infeções respiratórias, em particular do vírus Influenza e o infarto agudo do miocárdio”. Jeffrey C. Kwong, principal autor do estudo disse ao The New York Times que “as infecções causam inflamação e podem criar a coagulação em vasos que servem o coração. Em alguém que já está em estado de alto risco, isso pode impulsionar um ataque”.