É caso para dizer “são poucos mas bons”. Os ruivos perfazem apenas 2% da população mundial, mas têm características muito próprias, como têm concluído vários estudos.
Primeiro que tudo, os ruivos têm uma maior tolerância à dor. Um estudo de 2003 da Universidade McGill, no Canadá, observou que as mulheres ruivas conseguem lidar com 25% mais de dor que as suas contrapartes morenas e loiras.
A razão reside num gene, o MC1R, responsável, entre outras coisas, pela pigmentação do cabelo e da pele. Os investigadores descobriram que as mulheres – e apenas as mulheres – com a variante “ruiva” e “pele clara” do MC1R tinham uma maior resistência à dor.
Este gene faz com que os ruivos sejam também mais sensíveis à temperatura. Um grupo de investigadores da Universidade de Louisville concluiu, em 2005, que o gene MC1R atua sobre os genes que detetam e reagem a mudanças térmicas, sendo que a mutação ruiva faz com que estes genes se tornem mais ativos. Por outras palavras, quem tem cabelo laranja tem também mais arrepios durante o inverno.
O sol é uma grande fonte de vitamina D. Mas como já não é novidade, ter pele clara e estar exposto ao sol durante muito tempo não são duas coisas que combinem muito bem. Se para além da pele clara tiver cabelo ruivo, o problema desaparece. Os ruivos não precisam de tanto sol como os morenos e loiros para produzirem o mesmo nível de vitamina D, relata o New York Post. Por outras palavras, os ruivos são capazes de produzir mais vitamina D em menos tempo de exposição solar que as restantes cores de cabelo.
Mais um motivo para a “superioridade ruiva” e este remonta a 1886: O psicólogo e investigador francês Augustin Galopin escreveu num dos seus estudos, o Le Parfum de la Femme et le Sens Olfactif dans l’Amour, que a mulher ruiva exala um cheiro natural mais forte que todas as outras mulheres, que invoca tons de âmbar e violetas. Graças à maior acidez da pele, o cheiro natural dos ruivos é evaporado com mais potência. Por este motivo, também os perfumes tendem a cheirar diferente quando colocados em peles ruivas, escreve Jacky Colliss Harvey no seu livro Red: A Natural History of the Redhead.
E isto tudo devido a uma simples mutação genética.