O hospital anunciou, em comunicado, que está disponível para “admitir e avaliar Charlie, desde que sejam tomadas as providências para o transferir em segurança, as barreiras legais sejam ultrapassadas e a recebam uma aprovação de emergência da FDA para um tratamento experimental”.
Em alternativa, a instituição oferece-se para fazer chegar ao Reino Unido o medicamento e aconselhar os médicos do Hospital Great Ormond Street sobre a forma de o administrarem “se a isso estiverem dispostos”.
Charlie sofre de miopatia mitocondrial, uma síndrome genética raríssima e incurável, que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais. Internado no Hospital Great Ormond Street, em Londres, desde os dois meses, o bebé está ligado a equipamentos de suporte de vida que lhe garantem a função pulmonar. Segundo o serviço nacional de saúde britânico, tem danos cerebrais irreversíveis, não se mexe, vê ou ouve e tem também problemas graves no coração, fígado e rins. A equipa médica que o assiste defende, por isso, o desligar dos aparelhos, contra a vontade dos pais.
Chris Gard e Connie Yates tem lutado judicialmente para obter permissão para levar Charlie para os Estados Unidos para receber um tratamento experimental, mas, no dia 27 de junho, a justiça britânica decidiu que isso apenas prolongaria o sofrimento da criança sem oferecer possibilidade de cura, uma decisão apoiada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
O caso tem tido grande repercussão internacional, com o Papa Francisco a dizer que reza pela família de Charlie, “na esperança de que o desejo [dos pais] de acompanhar e cuidar do seu próprio filho até o fim não seja ignorado”.
Também o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou, no Twitter, o desejo de ajudar o bebé a receber tratamento.