Tudo começou quando a New Horizons, uma nave espacial da NASA, partiu em missão para obter novos dados acerca de Plutão e as suas luas. Desde aí, temos recebido inúmeras e espetaculares imagens que têm estimulado os cientistas, mas também aqueles que são simplesmente curiosos.
Quando chegaram imagens do coração de Plutão – uma superfície mais brilhante com a forma de um coração – começou a questionar-se o porquê daquela face estar alinhada, de forma quase perfeita, com a órbita de Charon, uma lua do planeta anão. E a NASA começou a estudar.
Como é possível ver no gif da NASA, Plutão e a lua Charon orbitam-se um ao outro. Isto é, Plutão encara sempre a mesma face de Charon e vice-versa. A equipa de cientistas liderada por Richard Binzel tinha uma certeza: existe um massa extra na zona do coração que estava a tirar o desequilíbrio a Plutão.
A resposta a que este grupo está a chegar com os estudos foi publicada na Nature: existe um oceano, uma camada densa de água líquida ou lamacenta, que está a empurrar essa região para cima.
Um outro estudo, também publicado esta semana no mesmo jornal, apresenta a mesma hipótese, mas acrescenta que a massa, ou seja, o oceano é composto por gelo. De acordo com Francis Nimmo, um dos cientistas que levou a cabo esta investigação, o oceano do planeta anão é capaz de ter, falando de forma genérica, o mesmo volume de todos os oceanos da Terra.