Um pé e outra parte de um corpo, que ainda não se sabe se pertence a um homem ou a uma mulher, segundo a Polícia Militar, foram encontrados por um vendedor ambulante na praia de Copacabana, a poucos metros da arena onde os jogadores de voleibol vão competir nos Jogos Olímpicos. A 36 dias do início da maior competição desportiva mundial não faltam incidentes e manifestações que não abonam em nada a favor da organização.
O cenário de instabilidade política mantém-se desde a destituição de Dilma Rousseff, em maio, e a ameaça do vírus Zika continua latente. Esta semana foi a vez de polícias e bombeiros manifestarem-se contra os salários em atraso, recebendo os turistas que chegavam ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro com cartazes onde se podia ler “Bem-vindos ao inferno. Polícias e bombeiros não são pagos, quem vier ao Rio de Janeiro não vai estar seguro”. Pela cidade, há mensagens escritas nas paredes que denunciam a falta se segurança e de hospitais. Numa altura em que o Brasil deveria estar a celebrar a realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos na América do Sul, mostrando o crescimento económico que descambou um pouco pelos restantes países da América Latina, a cidade do Rio de Janeiro aguarda o fundo de emergência de 2,9 mil milhões de reais para assegurar o financiamento dos serviços públicos.