Amígdalas
As amígdalas fazem parte do nosso sistema imunológico, uma vez que servem de filtro contra bactérias e vírus, mas a verdade é que, quando infetadas, podem causar-nos verdadeiros pesadelos. As amigdalites são recorrentes e, muitas vezes, a solução passa precisamente pela remoção das amígdalas, o que acontece geralmente na infância ou juventude, altura em que as infeções são mais recorrentes.
Apêndice
A função do apêndice tem sido muito discutida entre a comunidade científica e este é um debate que está longe de estar resolvido. Se, por um lado, há quem defenda a sua inutilidade, outros estudos indicam que o apêndice pode ser mais uma das nossas defesas internas. Seja como for, o apêndice é certamente um órgão sem o qual conseguimos viver e que, à semelhança das amígdalas, também pode infetar. Quando acontece, é removido.
Baço
O baço faz a filtragem do sangue e ajuda o corpo a combater infeções, mas também não é essencial à vida. Quando as suas funções são interrompidas por problemas de saúde associados ao órgão, este pode regenerar se for parcialmente removido. Mas pode também ser removido na totalidade sem comprometer a nossa sobrevivência. No entanto, uma pessoa cujo baço tenha sido removido fica mais exposta a infeções.
Rins
É verdade que nascemos com dois rins mas precisamos apenas de um para assegurar a nossa sobrevivência. Existem, na verdade, vários casos de pessoas que vivem com apenas um rim: há quem nasça com apenas um, pessoas a quem foi retirado um dos rins na sequência de complicações de saúde, e ainda quem tenha doado um dos rins. Tecnicamente, até é até possível viver sem rins, mas aí já é necessário realizar uma diálise externa para sobrevivermos.
Pulmões
Tal como acontece com os rins, também os pulmões são um par… dispensável. Exemplo disso é o Papa Francisco, que vive desde a adolescência com apenas um pulmão. Viver sem um pulmão não afeta as tarefas do dia a dia ou a expetativa de vida, mas há algumas limitações, claro, como a prática de exercício físico. Na ausência de um pulmão, o outro geralmente assume funções acrescidas, recebendo mais ar do que receberia se este fosse dividido por dois pulmões.
Estômago
Por incrível que possa parecer, o estômago pode ser totalmente removido, como acontece por vezes em caso de cancro. Para realizar este procedimento, o esófago é diretamente ligado ao intestino delgado. A equilíbrio nutricional do corpo é, numa fase inicial, feito através da corrente sanguínea e mais tarde através de suplementos dietéticos caso haja dificuldade na absorção de vitaminas.
Cérebro
O cérebro é, sem dúvida, essencial à vida, mas podem ser retiradas algumas das suas partes e ainda assim assegurar-se a sobrevivência. Podem resultar algumas sequelas da remoção de partes do órgão – como o uso das capacidades motoras – mas tudo depende do tipo de intervenção que é feita e da quantidade de tecido que é necessário remover.
Órgãos reprodutores
A remoção dos órgãos reprodutores comprometem a criação de novas vidas mas não condicionam a nossa. Em casos de cancro, por exemplo, nas mulheres, o útero pode ser removido, e nos homens os testículos sem que isso coloque as suas vidas em risco.
Vesícula
Por fim a vesícula, órgão importante à digestão dos alimentos, por armazenar bílis que é produzida no fígado. No entanto os casos de pedras na vesícula não são assim tão raros, e quando isto acontece o órgão pode ser removido. É necessário então ter cuidados acrescidos com a alimentação, evitando por exemplo comida picante ou bebidas gaseificadas, que podem levar a outras complicações como a diarreia ou o inchaço.