Que atitudes têm os portugueses em relação à ciência e às suas descobertas? O Eurobarómetro, num inquérito conduzido em 2010, dá informação preciosa sobre esse tema (EB especial 34.0).
Eram poucos, em termos absolutos ou relativos, os portugueses que se diziam “muito interessados” em novas descobertas científicas e inovações tecnológicas: 14%. E eram ainda menos, 3%, os que se diziam “muito informados”. Estes valores são dos mais baixos que se encontram na Europa.
44% dos portugueses concordavam com a afirmação “o conhecimento científico não é relevante para o meu quotidiano”. É uma das percentagens mais elevadas na Europa, comparando com uma média de 34% na União Europeia.
Há uma correlação clara entre, por um lado, desinteresse e falta de informação, por outro, e a convicção de que “os conhecimentos científicos e tecnológicos podem resolver qualquer problema”: quando maior o desconhecimento, maior a crença (ingénua) nos poderes ilimitados da ciência. Portugal não foge a esse padrão geral na Europa.
Para saber mais: A Ciência em 3 atos