Avaliar o impacto que a imagem corporal tem na resposta sexual. É este o objetivo de um dos primeiros estudos a decorrer no recém-criado Human Sex Lab, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, financiado pela farmacêutica Bial.
Ao acederem ao site (humansexlab.psicologia.ulisboa.pt), os casais interessados preenchem um formulário, são contactados telefonicamente e passam por uma entrevista. Na fase seguinte, assinam uma ficha de consentimento informado e submetem-se à pesquisa de laboratório, com garantia de anonimato.
Basta sentar-se numa poltrona, diante de um computador e, num ambiente de total privacidade, assistir à apresentação de estímulos. Mais concretamente, excertos de filmes, com e sem conteúdo sexual explícito (Erika Lust, a premiada realizadora sueca de filmes eróticos, autorizou o seu uso), intercalados com perguntas. Ao longo de 25 minutos, é medida a resposta sexual de cada um dos parceiros, através dos dispositivos colocados previamente (fotopletismógrafo e Indium Gauge, que registam a vasocongestão e pulsação vaginal e a tumescência peniana).
A qualquer momento, o casal pode desistir da experiência. Quem fica, receberá, no final, um voucher no valor de 30 euros. Além disso, os participantes contam com o apoio de uma equipa de psicólogos clínicos e terapeutas sexuais, na consulta de sexologia da faculdade.
Patrícia Pascoal, a sexóloga que coordena o projeto, explica porque se trata de um trabalho inovador: “É a primeira vez que se usam medidas fisiológicas com casais para estudar a influência da imagem corporal associada à sexualidade, não como um exclusivo da mulher, mas algo que afeta os dois.” A conclusão da recolha de dados está prevista para o final de junho.