O pediatra Myles Bradbury, 41 anos, foi condenado a 22 anos de prisão, com o tribunal a considerar provados os abusos sexuais de 18 rapazes durante as consultas, com os pais a escassos metros de distância, separados apenas por uma cortina, conforme relata a Sky News.
Durante o julgamento, o clínico reconheceu 25 atos de abuso sexual envolvendo 18 rapazes com idades entre os 10 e os 16 anos, todos seus pacientes no Hospital de Addenbrooke, em Cambridge, onde trabalhava como hematologista pediátrico.
“Estes rapazes estavam vulneráveis e gravemente doentes. Em todos os meus anos de serviço, nunca me deparei com uma traição tão grosseira ao juramento de Hipócrates”, afirmou o juiz, no momento de anunciar a sentença.
Entre as vítimas, contam-se crianças com hemofilia, leucemia e outras doenças graves.
Além dos abusos, o pediatra agora condenado também filmava os doentes com uma câmara oculta, tendo as autoridades encontrado mais de 16 mil imagens comprometedoras na sua casa.
Os abusos decorreram ao longo de quatro anos e meio, a partir de 2008 e foram denunciados em novembro de 2013, quando um rapaz de 11 anos contou à avó o que se tinha passado no consultório e como o médico lhe tinha pedido segredo.
No entanto, as autoridades do Canadá tinham o clínico debaixo de olho desde 2012, por ter adquirido um vídeo de conteúdo pedófilo.