Centenas de espetadores da 41º Olimpíada de Xadrez da Noruega, mais, certamente, os que assistiam à transmissão televisiva, reagiram com choque ao colapso de Kurt Meier, 67 anos, na quinta-feira à tarde, durante a sua partida final, depois de uma maratona de duas semanas. Apesar de o jogador da equipa das Seychelles ter recebido assistência médica imediata, foi declarado morto no hospital.
Horas depois, um jogador do Usbequistão morreu no seu quarto de hotel.
As autoridades norueguesas já anunciaram que não estão a tratar as mortes como suspeitas.
“Achamos que estas mortes são trágicas, mas naturais”, afirmou também Jarle Heitmann, porta-voz do evento.
A competição envolveu 1800 participantes de 174 países, acompanhados por mais de mil treinadores, delegados e fãs. Os jogadores competem em equipas nacionais, em partidas que podem demorar seis horas e são acompanhadas por dezenas de milhões online.
Meier não é o primeiro jogador a morrer a meio de uma partida. Em 2000, uma estrela do xadrez da Letónia, Vladimir Bagirov, teve um ataque cardíaco fatal e, no mesmo ano, outro jogador do mesmo país sofreu um AVC, de que morreria mais tarde.