Um exercício simples como a caminhada, durante 20 minutos, três vezes por semana, pode reduzir drasticamente o risco de Alzheimer. Até sair do autocarro uma paragem antes e fazer o resto do caminho a pé pode ser o suficiente, defende uma equipa de investigadores da Universidade de Cambridge, que concluiu que um terço dos casos fica a dever-se a fatores ligados ao estilo de vida, como a inatividade, a obesidade ou o tabagismo. Mas a falta de exercício foi o fator que mais se destacou.
Os cientistas acreditam que boa oxigenação do sangue para o cerébro é a razão para a importância de uma atividade física regular, uma vez que evitar a acumulação de placas – depósitos de proteína no cérebro, que provocam a Alzheimer.
“A mensagem importante aqui é que há aspetos de uma vida saudável que reduzem o risco”, alerta Carol Brayne, que fez parte da investigação.
O trabalho, agora publicado na revista Lancet Neurology, analisou quase 30 estudos que ligam a demência a vários fatores relacionados com o estilo de vida: a falta de exercício contribuiu para 22% dos casos analisados, o dobro de qualquer outro fator.