Neste hospital, que quarta-feira assinala o 100º transplante pulmonar, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Saúde, foram realizados este ano 15 transplantes de pulmão, pelo que até final do ano deverão ser atingidos os 20 a 25 necessários.
José Fragata sublinhou que o Hospital de Santa Marta, que pertence ao Centro Hospitalar de Lisboa Central, é a única instituição a realizar este tipo de transplantes, tendo vindo a “crescer” nesta área.
“Trata-se de um programa que partiu de uma baixa produção e que, desde então, tem vindo a registar uma evolução muito positiva, o que representa uma grande responsabilidade para as equipas”, adiantou.
Esta situação tem permitido a Portugal “depender cada vez menos do estrangeiro” para este tipo de intervenção, que exige “uma grande transdisciplinaridade e interdisciplinaridade”.
“A oferta de um órgão é uma oportunidade única”, disse José Fragata, adiantando que atualmente a instituição onde trabalha já tem duas equipas de transplantação autónomas, o que assegura a continuidade desta prática.
O cirurgião cardiotorácico considera que Portugal tem “boa saúde em termos de transplantação pulmonar” e que Santa Marta está em condições de “ajudar mais gente” com este tipo de intervenções.
Em 2013, foram realizados 16 transplantes pulmonares em Portugal, todos no Hospital de Santa Marta, segundo dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
A mesma fonte indica que, no primeiro trimestre deste ano, foram realizados nove transplantes pulmonares.