Um grupo de investigadores norte-americanos, que estuda a peste que matou metade da população mundial no século VI, chegou à conclusão que a epidemia de há 1500 anos foi provocada por uma estirpe diferente da do século XIV que, por sua vez, deu origem à pandemia do final do século XIX.
O estudo, que usou vestígios genéticos recolhidos a partir dos dentes de duas vítimas de há 1500 anos, sugere que uma nova estirpe da praga, que é transmitida de ratos ao homem através de pulgas, pode reaparecer a qualquer momento.
“Felizmente agora temos antibióticos que poderiam ser usados para tratar com eficácia a peste, o que diminui as hipóteses de outra pandemia de larga escala”, sublinha Dave Wagner, da Universidade de Northern Arizona.
Estima-se que a Praga de Justiniano, a pandemia que ocorreu no reino de Justiniano I, causada pela peste bubónica, tenha provocado a morte de 30 a 50 milhões de pessoas na Ásia, norte de África, Médio Oriente e Europa. Cerca de 800 anos mais tarde, a Peste Negra ceifou mais 50 milhões de vidas, na Europa, entre 1347 e 1351.