Familiares das vitimas mortais no Meco vão avançar com uma queixa contra João Gouveia, líder da comissão de praxes da Universidade Lusófona de Lisboa que, juntamente com seis colegas, se dirigiu para Alfarim, em Sesimbra, para realizar uma espécie de ritual da praxe.
Alguns membros da família das vítimas acreditam que o jovem, único sobrevivente na madrugada de 15 de dezembro, não quer dirigir-se aos pais nem às autoridades, por ter presente um sentimento de culpa. Em declarações ao jornal “i”, elementos da Polícia Marítima de Setúbal afirmam não compreender também este silêncio.
Uma fonte policial próxima à investigação explica que “houve já casos aparentemente mais complicados em que quem presenciou o acidente acabou por contar todos os episódios à comunicação social e aos familiares das vítimas”.
Os familiares admitem ainda a possibilidade de ter estado outra pessoa presente no areal. Carla Rocheta, prima de Joana Barroso (vitima da tragédia), afirma que obteve informação através de alunos da Universidade Lusófona de que “houve uma segunda pessoa na praia para além do sobrevivente. Ao que parece um jovem também ligado às praxes”. Esta pessoa seria um antigo coordenador e representante das comissões de praxes da universidade, que terá ajudado João Gouveia naquela madrugada.
Carla Rocheta afirma ainda que os familiares “não sabem nada do que se passou”, compreendendo que o sobrevivente possa estar “psicologicamente afetado”, mas salientam a necessidade em que este esclareça todos os factos sobre aquela noite que permanecem silenciados.