De acordo com fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), a noite no litoral do país foi “tranquila sem ocorrências dignas de registo” depois de segunda-feira se terem registado alguns problemas sobretudo nas zonas costeiras.
No distrito do porto, um dos mais atingidos pelo mau tempo, o Centro Distrital de Operações de Socorro disse à Lusa que não há registo de danos causados pelo mau tempo e pela forte ondulação do mar durante a madrugada.
Contudo, o CDOS referiu que por precaução mantêm-se encerradas ao trânsito várias vias da orla costeira nas zonas do Porto e Matosinhos, onde segunda-feira se registaram vários incidentes.
“O ponto alto da maré ocorreu cerca das 07:10, por isso prevemos que a partir desta hora a situação possa melhorar. Depois é preciso fazer a limpeza das vias por causa do que aconteceu segunda-feira”, disse a fonte.
Segunda-feira à tarde, dezenas de carros foram arrastados e danificados pelo mar na zona da foz do Douro o que obrigou as autoridades a efetuar alargamentos sucessivos do perímetro de segurança devido à intensidade das ondas, que continuavam a galgar os muros da marginal portuense.
A entrada do mar pela estrada adentro também causou escoriações e hipotermia em várias pessoas. Todas receberam cuidados por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Mais a sul, em Carcavelos, a força do mar provocou estragos em restaurantes da praia de Carcavelos e o encerramento do paredão do Estoril, entre a Poça e a Azarujinha (Cascais), e também do passeio marítimo de Oeiras. De acordo com o comandante da Polícia Marítima de Cascais, Dario Moreira, o mar avançou para a Pastorinha (Cascais), partiu os vidros da esplanada e também causou estragos no bar O Moínho e no bar conhecido como Os Gémeos.
No sul do país, as autoridades marítimas socorreram 12 jovens na praia de Quarteira, que se fizeram ao mar apesar da forte ondulação sentida no Algarve.
Melhoria a partir da tarde
A agitação marítima forte deverá diminuir gradualmente a partir da tarde desta terça-feira, devendo a situação normalizar na quarta-feira, disse à agência Lusa a meteorologista Maria João Frada do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“A situação continua grave, mas já temos uma diminuição da agitação marítima. Na costa ocidental, temos ondas com alturas significativas, entre os 5,5 e os 6,5 metros, o que significa que já não é aviso vermelho, estamos no laranja”, explicou.
De acordo com Maria João Frada, a partir do final da tarde de hoje, a altura das ondas vai diminuir gradualmente para os 4,5 a 5,5 metros e depois, a partir da tarde de quarta-feira deverá normalizar com ondas de três a quatro metros.