Na divulgação dos resultados dos exames do secundário de 2012, um comunicado da tutela afirma que o “processo de averiguações” da Inspeção “não encontrou quaisquer provas que permitissem concluir terem ocorrido as alegadas fugas de informação”.
O Ministério acrescenta que as provas foram feitas em 629 escolas, incluindo Continente, Ilhas e escolas no estrangeiro e destaca o “habitual profissionalismo” de escolas, professores e secretariados de exames.
As denúncias foram noticiadas a 21 de junho, dias depois da realização da prova de Português, feita por mais de 72 mil alunos, e apontavam para fugas de informação sobre o conteúdo da prova, que teriam circulado entre os alunos de várias escolas por mensagem de telemóvel (sms).
Uma dessas mensagens indicava que sairia na prova de exame o Canto VI de “Os Lusíadas”, o que viria a confirmar-se, ao contrário de outras informações sobre conteúdo de exames postas a circular.
Interrogado no fim de junho, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato afirmou que tinha destacado “de imediato” inspetores para averiguarem junto das escolas e disse que há sempre possibilidade de “haver palpites” sobre a obra de Camões, usada frequentemente em exames nacionais.