Termos como “meninas”, “amigas”, “pequeninas” e por vezes também “material” eram frequentemente utilizados por Strauss-Kahn para se referir às suas conquistas. Segundo o Le Monde, chegou a enviar sms como esta: “Queres descobrir comigo (e com o material) uma magnífica e desavergonhada discoteca de Madrid, a 4 de Junho?”, quando na realidade “o material” era uma mulher.
As mensagens trocadas entre o ex-diretor do FMI e Fabrice Paszowski, um empresário francês, deixam poucas dúvidas sobre o verdadeiro significado das palavras utilizadas. Strauss-Kahn admitiu mesmo à polícia que estas palavras referiam-se a mulheres, muitas vezes prostitutas. Em declarações, a que o Le Monde afirma ter tido acesso, Dominique admite que o vocabulário utilizado nas mensagens é inconveniente e inapropriado “mas quando há várias pessoas, é mais rápido usar uma palavra que uma lista de nomes”.
Hotéis de luxo nos Estados Unidos, discotecas em campos belgas e locais frequentados por jovens em Paris foram apenas alguns dos lugares pelos quais passou o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional. Strauss-Kahn reconheceu aos juízes do Tribunal de Lille que mesmo com este cargo não deixou de ter um estilo de vida “libertino” e assumiu mesmo que, durante viagens oficiais tinha “almoços ou jantares, por vezes questões mais íntimas” inclusive “noites com casais que queriam sexo em grupo”.
A polícia desconfia que nestas “reuniões”, organizadas por Fabrice Paszowski, Strauss-Kahn não seria apenas um convidado, mas sim o protagonista. Na base desta acusação estão milhares de mensagens trocadas entre Strauss-Kahn e Paszowski e o testemunho de Estela, uma das prostitutas que assegurou, “Estávamos ali principalmente para ele”.
O Le Monde, expõe ainda uma troca de mensagens realizada no dia 19 de Janeiro de 2010:
Paszokowski: ” Interessa-te a Sylvie?”
DSK: “Claro, quem tens mais na tua bagagem?”
Paszokowski: “Sylvie, sempre complicada. Jade e Catherine estão certas. A nova menina quer te ver mas em França…”
De acordo com fontes policiais, o ex-diretor do FMI esconde a identidade das participantes destas festas. E quando questionado sobre a presença de prostitutas, responde: “Pensando agora, acho que fui ingénuo”.