Um estudo conduzido pelo Professor Mark van Vugt, publicado na
Philosophical Transactions of the Royal Society B – revista sobre a evidência evolucionária da apelidada “hipótese do macho guerreiro” -, tenta provar que em todas as culturas, ao longo da história, os homens tiveram mais tendência para usar a violência do que as mulheres. Em contraste, concluíram que as mulheres têm uma tendência natural para “compreender e apoiar”. Tentam resolver conflitos de uma forma pacífica devido à necessidade ancestral de protegerem as crianças.
Em termos evolucionários a violência masculina foi útil. Ajudou os nossos antepassados a aumentarem o status e seus ganhos materiais. Atualmente, este tipo de comportamento é, obviamente, um problema pois pode provocar conflitos de grande escala. De facto, poderá ter sido uma das causas das grandes guerras entre países e impérios, afirmam os próprios investigadores.
O instinto “guerreiro” masculino significa que os homens estão programados para serem agressivos contra qualquer um que identifiquem como forasteiro.
Para Mark van Vugt, a mente humana é formatada de uma forma que tende perpetuamente para o conflito contra os ‘diferentes’. “Observamos um comportamento similar nos chimpanzés. Por exemplo, os machos controlam continuamente as fronteiras dos seus territórios”, explica. “Se uma fêmea de outro grupo chega perto, ela pode ser persuadida para migrar. Mas se um macho ultrapassa muito os limites, ele pode ser brutalmente agredido ou até morto”.
Segundo o The Telegraph online, um estudo anterior provou que a evolução da agressividade nos homens é decorrente da disputa por parceiras e territórios. Concluiu-se, na altura, que os nossos genes podem ter um impacto significativo em traços como a agressividade.
Isto significa que, no curso da nossa história, os grupos mais agressivos foram “naturalmente” selecionados. Eles conquistaram mais mulheres e deixaram mais descendentes como sinal de vitória. E assim os seus traços genéticos foram passados às novas gerações.