O casal está a ser julgado no tribunal de São João Novo, no Porto, no âmbito de seis processos, um dos quais acusa Carolina Salgado de difamação por ter relatado, através de meios de comunicação social, que havia sido agredida por Afonso Ribeiro (motorista), Nuno Santos (segurança) e pelo próprio líder portista que, alegadamente, lhe desferiu duas bofetadas.
Carolina Salgado lembrou hoje num depoimento emocionado, que chegou mesmo a ser interrompido, que no dia 06 de Abril de 2006, ao chegar a sua casa na Madalena, Gaia, foi “agredida violentamente” por Afonso Ribeiro.
“Apertou-me o pescoço, disse uns palavrões, começou a agredir-me com pontapés e socos. Eu caía ao chão e voltava a levantar-me. Quando me tentava levantar ele (Afonso) continuava a agredir-me”, relatou a arguida.
Entretanto terá chegado Nuno Santos, que também a agrediu e à sua irmã Ana Salgado (presente no local), após o que “vem o Jorge Nuno (Pinto da Costa) todo destrambelhado” e desfere “dois estalos” em Carolina.
Confrontada com o depoimento de Pinto da Costa em tribunal (o líder portista é acusado de agressão pelas alegadas bofetadas), segundo o qual terá sido Carolina a agredir Nuno Santos, a arguida respondeu ser “tudo mentira”.
Quanto ao que a sua irmã testemunhou em sessão anterior, dizendo que foi Carolina quem empurrou o líder portista, a arguida referiu que Ana Salgado “já disse publicamente que foi comprada por Pinto da Costa e que prestou falso testemunho”.
Em relação às declarações de Nuno Santos, que havia dito ao colectivo que a agressividade era de Carolina e que Pinto da Costa não reagiu, a antiga companheira do líder portista salientou que “o que esse senhor disse é tudo falso”.
Na origem dos alegados confrontos físicos terá estado um faqueiro, pertença de Carolina, que o motorista Afonso Ribeiro estaria a retirar da casa do casal então separado, enquanto Pinto da Costa e Nuno Santos retiravam outros objectos.
A continuação do julgamento ficou marcada para 30 de Outubro, pelas 10:00, prevendo-se que testemunhem Paulo Lemos, Eduardo Ferreira, Adelino Caldas e Joaquim Teles.