Na corrida que se seguiu à final feminina dos 3.000 metros, na qual a portuguesa Sara Moreira conquistou a medalha de prata, Rui Silva embalou para a quarta medalha em Europeus de pista coberta, a terceira de ouro nos 1.500 metros, depois dos títulos de 1998 e 2002.
Nos Europeus de 2000, Rui Silva tinha conquistado uma medalha de prata, mas na distância dos 3.000 metros.
Na corrida deste domingo, o pódio ficou completo com o espanhol Diego Ruiz (3.44,70) e o francês Yoann Kowal (3.44,75).
O risco assumido em impor um ritmo acelerado desde o início da corrida foi o segredo da vitória de Rui Silva. “Se a prova fosse muito lenta corria o risco de perder no ‘sprint’ final. Assumi o risco de impor o ritmo logo de início para evitar que a parte final da corrida fosse muito rápida”, explicou, aos microfones da Antena 1.
“Esta vitória foi bastante importante, sobretudo pelo que eu passei nos últimos anos. Consegui chegar aqui e cumprir o meu objectivo. É difícil descrever este momento”, confessou Rui Silva logo depois do êxito nos 1.500 metros.
Momentos antes, na final feminina dos 3.000 metros, Sara Moreira sagrou-se vice-campeã europeia.
“Ainda não acredito no feito que consegui. Era apenas um sonho. Algo que eu queria muito, mas não passava de um sonho. Estou bastante feliz”, rejubilou a atleta portuguesa. “Consegui acelerar com as minhas adversárias. Não estava à espera de conseguir acelerar daquela forma”.
A corrida foi ganha pela turca, de origem etíope, Almitu Bekele, que alcançou o título europeu com um tempo de 8.46,50 minutos, enquanto Sara Moreira, registou o tempo de 8.48,18 (recorde pessoal). O terceiro e último lugar do pódio foi ocupado pela irlandesa Marry Cullen (8.48,47).
As outras duas portuguesas em prova ficaram mais para trás na classificação: Jessica Augusto, que partia com ambições de uma medalha, foi décima classificada (9.04,48), enquanto Inês Monteiro terminou no 12 e último posto (9.14,34).