José Mourinho desatou a atacar tudo e todos, na conferência de imprensa, um dia antes da meia-final da Taça de Itália, que coloca o Inter contra a Sampdória.
O treinador português não gostou que os meios de comunicação social insinuassem que a sua equipa tem sido beneficiada pelas equipas de arbitragem, durante os últimos jogos, e passou ao ataque.
“Sobre a grande penalidade de Balotelli fez-se um trabalho de manipulação da opinião pública, uma grandíssima manipulação intelectual, um grandíssimo trabalho organizado para manipular a opinião pública. Prostituição intelectual. Uma manipulação de parte de um mundo que não é o meu.”
“Nas duas últimas jornadas não se fala da Roma, que tem grandes jogadores mas vai terminar a temporada com nenhum título; não se fala do Milan, que tem menos 12 pontos que nós e também vai terminar a época com zero títulos; não se fala da Juventus, que conquistou inúmeros pontos devido aos erros dos árbitros. Vencemos apenas uma partida devido a um erro arbitral, em Siena.” Claudio Ranieri também não escapou à ira de Mourinho por ter sido solidário com o treinador da Roma, Luciano Spalletti.
“Se Ranieri é solidário com Spalletti, eu sou solidário com todos os outros treinadores que perderam pontos contra a Juventus devido aos erros dos árbitros. Sinto-me solidário com Prandelli, Del Neri e Zenga, por exemplo.”
O monólogo prosseguiu…
“Estou aqui para dizer na vossa frente que fui beneficiado em Siena. No dia seguinte um treinador de uma equipa branco e negra, que acompanha as partidas do Inter, surge na televisão a dizer que o golo foi marcado em fora-de-jogo… Bravo!”
“Avizinha-se o dia do escândalo”, prosseguiu Mourinho. “Faltam 91 dias para as férias, mas em 91 dias são capazes de fazer uma conferência de imprensa medieval. Eu falo com a imprensa porque sou obrigado. Spalletti fala antes, no intervalo e depois da partida: está sempre no primetime, é amigo de todos. Eu não sou assim.”
O português revelou ainda que Ranieri tentou ligar para si na manhã desta terça-feira, mas não atendeu: “Têm a minha permissão para perguntar a ele o que pretendia falar comigo…”, concluiu.