Esteve para ser primeiro Rui Tavares, do partido Livre, e depois o porta-voz do PAN, André Silva, a reagirem aos resultados provisórios da noite eleitoral e às sondagens à boca das urnas, mas acabou por vir de Paulo Pedroso a tradução do sentimento que percorre, para já, o quartel-general de Ana Gomes, instalado no Hotel Myriad, em Lisboa,
Numa curta declaração, o diretor de campanha da socialista apontou que, a verificarem-se os resultados de André Ventura – ainda que não tenha referido o nome do candidato -, “esta noite vai obrigar todos os quadrantes políticos que se reconhecem na Constituição a pensar o futuro”.
“Não podemos ignorar que, pela primeira vez, desde o 25 de Abril, há ameaças a sério à Constituição, que não ficam apenas no quadro da competição democrática. São um perigo e não uma nova ideia”, disse Pedroso, que foi um dos alvos de Ventura no debate frente a Ana Gomes.
Paulo Pedroso realçou que “esta candidatura surgiu para representar um espaço amplo da esquerda democrática, moderada, que pretendia transformar esta eleição num processo competitivo, em que todos os espaços políticos estivessem representados e conseguiu-o plenamente”.
O diretor da campanha, que saiu de uma das duas salas pode onde se divide a máquina da candidatura da ex-eurodeputada – na outra sala está Rui Tavares, do Livre -, começou por assinalar que as “condições adversas” causadas pela pandemia não confirmaram as “previsões absurdas de abstenção”.
“Os portugueses disseram hoje que não aceitam a desvalorização desta eleições presidenciais”, disse.