Acompanhado pelo diretor de campanha, Duarte Cordeiro, Costa chegou ao Hotel Altis, na Rua Castilho, em Lisboa, muito mais solto do que o candidato que se apresentou nas ruas nas últimas duas semanas. Mas frisou que não conta com qualquer dado que lhe permita descortinar a orientação de voto dos portugueses. Até porque, salientou, já leva muitos anos de sufrágios – com umas vezes a ganhar e outras a ganhar por poucochinho.
O líder do PS começou por aplaudir “uma taxa [de votação] superior à que houve nas últimas eleições legislativas – isso significa uma abstenção reduzida em anteriores eleições”. “É claramente uma mobilização muito grande”, disse, admitindo que isso “sentiu-se isso, aliás, na campanha eleitoral. E aparentemente nas urnas, com maior participação cívica”.
Portugueses perceberam o que está em causa
Para o secretário-geral socialista, “os cidadãos perceberam que estas eleições não eram umas eleições iguais às outras; eram essenciais”. Ainda assim, sobre resultados esta noite, atirou: “Não tenho crenças.”
“A democracia é isso: sempre que é dada a palavra aos portugueses, os portugueses decidem – se querem que uma pessoa exerça uma função ou não, se deve continuar ou sair. Desde 1993, que dou a cara em eleições, já me aconteceu ganhar eleições, perder eleições, umas com maioria, outras sem maioria. Já me aconteceu de tudo e faz parte da vida”, concluiu.
António Costa rumou depois, com Duarte Cordeiro, presidente da federação do PS/Lisboa, ao piso onde acompanharão os resultados esta noite.